quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Marracuene

Fim de semana é sinónimo de tentativa de ir à praia.
PUMAP 2011 é sinónimo de azar.
Já podem imaginar como correu a ida a Marracuene.
Tudo começou as 6.40 da manhã enquanto estávamos a espera do machimbombo. Eram 7.30 e continuávamos à espera...
Depois de 1h30 de viagem chegámos ao que pensávamos ser o nosso destino e obviamente que estava a chover.
Claro que não acertámos na paragem e saímos onde não devíamos, e depois de horas a tentar explicar à senhora do Lodge onde estávamos, ela informou-nos que tínhamos que andar 1Km para trás.
De mochilão às costas decidimos apanhar boleia de um senhor que ia a passar e ainda fizemos 4Km a pé até ao Marracuene Lodge,




onde nos instalámos na casa Peixe Serra.



Como éramos 11 numa casa para 5 e o Lodge estava vazio, os senhores tiveram a amabilidade de nos oferecer uma noite na casa Pescadinha, para onde algumas das meninas se mudaram.




O sítio era muito giro mas com o tempo que estava não nos restou muito mais do que jogar ao lobo a tarde toda.




Acabámos o dia em beleza com uma jantarada de caranguejo.




P.S. Obviamente que no dia a seguir, quando chegámos ao Maputo, estava um calor impossível...

PUMAP ♥ Tropigália

Depois de longas semanas à espera, chegou finalmente o patrocínio da Tropigália.
Desde esse dia que as refeições cá por casa não variam muito, uma vez que aos kilos de frango oferecidos pela Delta Trading, juntaram-se cerca de 5 toneladas de feijão (vermelho, branco, manteiga, preto e frade), 20 toneladas de bolachas (manteiga, torrada, aperitivo, presunto, integral, chocolate), e 10 de gelatinas e pudings sortidos (chocolate, flan, framboesa, amora, uva e morango).





terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ponta Malongane

No final de mais uma semana de trabalho partimos para a Ponta Malongane com a esperança de fazer um bocadinho de praia e descansar sob o quente sol africano. Está claro que azar + azar dá asneira e nós já o conseguimos passar a todo o PUMAP: pois é, apesar das boas previsões meteorológicas passamos um fim-de-semana chuvoso e frio, mas não arredamos pé da praia :D
Começamos o dia ainda de madrugada numa viagem de barco até à Catembe.







Daí apanhamos um chapa até à Ponta Malongane, sabendo que a viagem poderia durar entre 2 e 5 horas, dependendo do número de vezes que o chapa ficasse atolado na areia.
Sim, a única estrada que existe até próximo da Ponta Malongane é a que vem da África do Sul e acaba na fronteira.
Isto explica o facto de o comércio local aceitar meticais mas só ter troco em rands e da maioria das pessoas só falar inglês.
Ao fim de 3 horas e meia de viagem por uma estrada de areia



chegamos finalmente ao parque



e instalámo-nos na nossa tent-palace, que dava para todo o PUMAP apesar de nos terem dito que o limite era de 2 pessoas por tenda.



Depois de um almoço vietnamita* directamente do saco (a viagem de chapa foi muito agreste) decidimos ir até à praia, que tinha acesso pelo parque de campismo.









Obviamente que assim que estendemos a toalha começou a chover nas nossas cabeças.
Apesar disso ainda conseguimos apanhar um bocadinho de sol, que nos deu coragem para molhar os pezinhos.




Depois de jantar voltamos à praia para ver as estrelas e passamos o resto da noite à volta da fogueira que a Marta Costa acendeu (not).



Tínhamos planeado ver o nascer do sol no dia seguinte, algo que não aconteceu, apesar de 3 despertadores terem tocado e os macacos andarem a chilrear à volta da nossa tenda.
Quando finalmente acordamos fizemos nova tentativa de praiar.
Obviamente que estava a chover outra vez.
Vamos desistir de tentar ter férias como as pessoas normais.







P.S. - 5 meticais para quem descobrir o macaco







* a barraca vietnamita onde compramos massa com camarão vai ter um post só para ela.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Suazilandia

Os dias seguintes no UniAid foram sempre a melhorar! Até ao final da semana conseguimos conhecer melhor as crianças e começar as divertidas actividades, que incluem um sem fim de canções e coreografias como esta:


Aos poucos e poucos vamos ganhando a confiança das crianças, que se mostram muito curiosas com as diferenças: são capazes de passar longos minutos a tocar nas nossas mãos, a observar o nosso tom de pele ou a mexer no nosso cabelo.



Na sexta-feira começámos a ensiná-las a fazer carteiras com pacotes de leite, que irão vender na FACIM (Feira Internacional de Maputo) em Agosto.



O fim-de semana foi para passear (finalmente!). Fomos visitar a Suazilândia, com a Dalila e a Inês, onde fomos super bem recebidas pelos primos da Ana e os seus quatro cães adoráveis! O país surpreendeu-nos pela positiva - apesar de as expectativas altas, não esperávamos que a beleza fosse tanta. Deparámo-nos com um espaço extremamente montanhoso e uma cultura bem mais organizada que a moçambicana.

Na manhã de domingo seguimos até à Reserva Natural da Malolotja, onde fizemos "canopy". Sem palavras para descrever quão maravilhadas ficámos com o que vimos e com pena que nem as melhores fotografias lhe façam jus, fica uma pequena amostra da visita:


Malolotja


Ana


Filipa



Factos curiosos sobre a Suazilândia:

1. É o país com maior percentagem de mortes causadas por raios

2. É apontado como o país com maior incidência de HIV (cerca de 30% da população), o que explica a omnipresença de campanhas de promoção da monogamia e uso de preservativo como forma de prevenção. Paradoxalmente, o Rei escolhe uma mulher nova todos os anos (a contagem vai neste momento em 14), em eventos de proporções orgíacas onde as famílias apresentam as filhas que atingem os 16 anos.

Primeiros dias de trabalho

Começámos as aulas do E.T.!


As da Ana foram primeiro e iniciaram em beleza com um teste de diagnóstico que, apesar de no geral ter tido resultados pouco animadores, trouxe momentos de diversão com a leitura das composições.

Na quarta-feira começou a Filipa o seminário sobre Procura de Emprego. Os alunos são fantásticos e têm mostrado muito interesse no que temos para ensinar. Até ao final da semana vamos falar sobre as cartas de apresentação e simular entrevistas de trabalho, baseadas nos currículos e nas cartas que lhes pedimos para elaborarem de acordo com as regras ensinadas nas aulas.

De regresso a casa a Filipa inaugurou o chapa de caixa aberta (sem a companhia da Ana) e foi espectacular! A caixa aberta parece ser um ambiente mais propício à comunicação, por isso a viagem de 15 minutos até à Cristal foi feita em ameno debate sobre a situação dos transportes em Maputo.

Foi também semana de começar o trabalho no Centro de Dia da Cruz Vermelha.



Na segunda-feira, a Filipa, a Ana, a Marta Gregório e o Carranço partiram alegremente para Xipamanine, na convicção de que iriam passar um dia em grande a conhecer as crianças do Centro.



Depois das inevitáveis peripécias de transporte (era suposto uma carrinha do Centro apanhar-nos às 8h da manhã, mas está claro que isso não aconteceu!) e de uns minutos iniciais de apresentações (que incluíram um momento musical: tivemos direito a ouvir as crianças que já estavam no Centro a cantar-nos uma música do Rei Leão como boas-vindas) fomos educadamente convidados a passar a uma sala onde nos esperava papelada, papelada e mais papelada! Acabámos por passar a manhã a organizar e actualizar as fichas de informações pessoais das crianças.



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Rodízio :D

Com os planos de praia no Bilene frustrados pelo mau tempo e ainda profundamente irritados com o fiasco do pseudo-tour, fomos afogar as mágoas num magnífico rodízio (obrigada tio da Ana!),


que nos soube pela vida!


O restante tempo foi passado em casa a preparar as primeiras aulas do E.T e em jogos intermináveis de Monopólio, claramente (não) dominados pela Filipa, mas ainda houve tempo para passear no Jardim dos Namorados.